O primeiro-ministro francês, François
Fillon, afirmou nesta quinta-feira que seu país precisa da "liderança
do Brasil e de sua presidente, Dilma Rousseff", em uma época em que a
Europa enfrenta "uma crise de confiança" provocada por problemas de
dívida.
Fillon, que realiza uma visita de
quatro dias ao Brasil, também pediu a aceleração da parceria
estratégica entre os dois países, lançada em 2008, em discurso na
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
"Precisamos da parceria do Brasil e de
sua presidente Dilma Rousseff, de suas convicções, e do exemplo que sua
extraordinária trajetória pessoal representa", afirmou, em declarações
a empresários em São Paulo.
"Em um momento em que a Europa enfrenta
uma crise de confiança, agora precisamos exatamente tirar vantagem do
enorme potencial oferecido pela parceria estratégica entre França e
Brasil", acrescentou.
"Nós queremos desenvolver esta
cooperação, naturalmente no setor aeronáutico, bem como nas áreas
espacial e do trem de alta-velocidade porque nossos laços claramente
superaram o estágio produtor-consumidor para alcançar aquele de uma
parceria genuína e equilibrada", continuou.
Após visitar São Paulo, Fillon seguiu para Brasília, onde foi recebido pela presidente Dilma Rousseff.
Dilma, por sua vez, disse ter
reafirmado ao chefe do governo francês "a disposição do governo
brasileiro de realizar, caso seja necessário, novos aportes de
recursos" ao Fundo Monetário Internacional (FMI), apesar de
condicionado a "garantias de que a reforma de 2010 seja aplicada".
O Brasil pede reformas no FMI,
ampliando a participação dos países emergentes. O país ofereceu
aumentar sua fatia no fundo para dotá-lo de instrumentos para ajudar em
meio à recessão europeia, caso fosse necessário, e rejeitou uma
participação direta nos fundos de resgate.
Mais cedo, o premier francês revelou a
líderes empresariais que a França pode vir a enfrentar novos
"solavancos" por conta da crise da dívida na Eurozona, em meio a
rumores de que poderia perder a classificação de triplo A.
Mas ele minimizou o risco de
rebaixamento, reforçando que "o que importa não é o julgamento em um
certo dia" de agências de classificação, mas "a trajetória orçamentária
politicamente estruturada e rigorosa que a Europa e a França decidiram
adotar".
"A crise não terminou e é provável que
tenhamos que enfrentar novos solavancos. Os mercados e as agências de
classificação têm sua própria lógica", afirmou. "Eles lidam com o
imediato, o instantâneo", acrescentou.
Duas agências, a Standard & Poor`s e
a Moody`s, alertaram que estão colocando a França sob avaliação e os
mercados avaliam que Paris deve perder uma ou até duas posições na
escala de classificação.
França e o governo do estado de São
Paulo firmaram nesta quinta-feira uma carta de intenções, segundo a
qual a agência de desenvolvimento francesa financiará grande parte da
construção de um trem que ligará o aeroporto de Guarulhos ao centro da
capital antes da Copa do Mundo do Brasil de 2014.
O custo total do projeto, que deve estar operacional em 2014, é de 640 milhões de dólares, segundo o governador Geraldo Alckmin.
Fillon também disse que empresas
francesas querem aumentar sua participação na infraestrutura
brasileira, nos setores de transporte e aviação.
O volume de transações comerciais entre
França e Brasil somam mais de sete bilhões de euros (9 bilhões de
dólares) e cerca de 500 empresas francesas operam no Brasil.
Academia das Cidades de Alagoinha, saude e lazer para a população.
Prefeitura Municipal da cidade de Alagoinha-PE, deu inicio as obras de reforma da
Academia das Cidades do município, tendo como objetivo a amplitude de um espaço mais eficiente a população do município.
Com uma visão ampla em favor da prática de exercícios e boa saúde dos conterraneos
de Alagoinha. A academia das cidades está sendo reformada, trazendo assim, um espaço de qualidade para a prática de esportes e atividades físicas.
A
prefeitura vem com este intuito de melhorar a qualidade de vida dos
munícipes, para que no mais breve possível venha a trazer benefícios a
rede de atendimento à saúde da cidade, pois com o povo mais saudável,
menos incidência de pacientes doentes nos postos de saúde do município.
Mototaxistas de Caruaru recebem placas de aluguel
Após
cadastro, organização da categoria de mototaxistas, reconhecimento e
regulamentação da profissão, a Prefeitura de Caruaru entregará no
próximo domingo (18), durante um café da manhã nataliano, as primeiras
placas de aluguel liberadas pelo DETRAN e autorizadas pela DESTRA. O
evento será realizado no Maria José Recepções II, a partir das 7h30.
Com a concessão das placas, os veículos tornam-se veículos de aluguel, além de terem benefícios como isenção de alguns impostos.
Arcoverde lança projeto de arborização nesta sexta-feira
As árvores serão plantadas às margens de duas avenidas da cidade.
Foi lançado dia 09/12/2011 o Resrpirarcoverde, campanha que tem como
objetivo revitalizar a natureza na cidade. A iniciativa é da Associação
Comercial e Empresarial de Arcoverde, a ACA, o Rotary Clube e a
Prefeitura Municipal.
Serão
plantadas 182 mudas nos canteiros das avenidas Joaquim Nabuco e José
Bonifácio. Todas as plantas contarão com gradil de proteção com
identificação da campanha e dos parceiros.
Segundo
a Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente da cidade, a campanha
vai colaborar com o trabalho da prefeitura que visa garantir mais
qualidade de vida para a população. “A iniciativa é uma ação de
responsabilidade social que só foi possível graças à adesão de empresas
ao projeto e da parceria com outras entidades”, diz o
A aprovação ocorreu na comissão criada especialmente para discutir o assunto.
14/12/2011 17h10
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Foto: Beto Oliveira/Agência Câmara |
Autora do novo texto da Lei da Palmada, deputada Teresa Surita (PMDB-RR) |
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira o projeto de lei que
proíbe o uso de castigos corporais em crianças e adolescentes,
popularmente conhecida como Lei da Palmada. A aprovação ocorreu na
comissão criada especialmente para discutir o assunto, mas como tem
caráter conclusivo, o projeto seguirá para a tramitação e votação no
Senado, exceto se houver recurso para que seja apreciado pelo Plenário
da Câmara.
Relatado pela deputada Teresa Surita (PMDB-RR), o projeto prevê que
pais que maltratarem os filhos sejam encaminhados a programa oficial de
proteção à família e a cursos de orientação, tratamento psicológico ou
psiquiátrico, além de receberem advertência. A criança que sofrer a
agressão deverá ser encaminhada a tratamento especializado.
Para aprovar a medida, a relatora concordou em alterar seu parecer e
substituir a expressão "castigo corporal" por "castigo físico".
Parlamentares da bancada evangélica impediram a votação do projeto nesta
terça-feira por defenderem a substituição da expressão "castigo
corporal" por "agressão física". O objetivo seria evitar a ideia de que a
lei proibiria qualquer tipo de punição ou de limites a meninos e
meninas.
A troca do termo por "agressão física" gerou críticas da Secretaria de
Direitos Humanos da Presidência da República e de movimentos sociais que
apoiavam o texto original, com "castigo corporal". Mas no fim da tarde
de ontem, houve um acordo para que fosse incluída a expressão "castigo
físico" em vez de "agressão física".
De acordo com a deputada Liliam Sá (PR-RJ), a bancada evangélica
entendeu que a expressão “castigo corporal” interferia na educação dos
filhos. “Então chegamos a um acordo e trouxemos para discussão. A
bancada escolheu a expressão agressão física, mas isso descaracteriza o
projeto, porque nem sempre um castigo físico que a criança sofre é uma
agressão física", afirmou.
A presidente da comissão, deputada Erika Kokay (PT-DF), defendeu o
texto original, argumentando que ele não fere a autoridade da família,
como pensavam os evangélicos. “Não há na comissão qualquer tipo de
dúvida ou qualquer polêmica acerca do sentido do conteúdo do projeto”,
disse.
Crítica
A coordenadora do Projeto Proteger, na Bahia, Eleonora Ramos, criticou a
proposta de mudança no texto original. “O movimento social não se
interessa por um projeto que não muda nada. Com o termo agressão em vez
de castigo, nós estamos repetindo o Código Penal e o Estatuto. A
agressão a uma criança ou adulto já é proibida por lei”, salientou.
Teresa Surita ressaltou que as expressões são muito próximas, mas para
atender a expectativa de algumas pessoas ela usou no substitutivo a
expressão “castigo físico”. “Quando se fala castigo físico fica mais
pedagógico”, disse.
Opiniões
Ao longo do ano, o Delas ouviu especialistas e mães para esclarecer o
assunto. Embora o tapa na bunda seja prática comum, não é a única
maneira de impor limites a uma criança. Por isso, a maioria dos
psicólogos e pedagogos defende a punição dos pais que batem nos filhos.
Mas nem todos concordam. Para a terapeuta infantil Denise Dias, as crianças estão "precisando de tapa na bunda".
Já o psicólogo e terapeuta familiar Carlos Zuma acredita na validade do
debate em torno da lei - mas nunca na validade da palmada. "Mesmo em
último caso, a violência não é válida", defende.
Ouvimos também mães que usaram - ou não - as palmadas ao criar os
filhos. Audrey de Almeida, 44, apanhou quando pequena e bateu no
primogênito. Até que um dia se deu conta de que a técnica não surtia
mais efeito. As três filhas seguintes receberam limites sem apanhar.
Márcia Muccini, 52, criou duas filhas sem erguer a mão. A firmeza e as
punições eram diferentes: quando faziam algo errado, "dávamos um gelo
nelas".
Sandra Panazzolo e Débora Rodrigues não acreditam que a única solução
seja a palmada, mas empregaram o método com os filhos e não se
arrependem. "Eu acabei usando as palmadas muitas vezes por ficar muito
nervosa mesmo, por incompetência minha", conta Débora.
"Não sou a favor do espancamento de uma criança, mas uma palmadinha em
um momento certo, no lugar certo – que é o bumbum – só ajuda para a
educação delas", acredita Sandra.
Em meio à discussão no Brasil, um caso nos Estados Unidos ganhou
projeção. A filha de um juiz postou um vídeo no Youtube em que aparece
sendo espancada pelo pai. A notícia levou à reflexão: quando a
"palmadinha" passa dos limites? Um pai de cabeça quente é capaz de
enxergar esta linha?
Outros métodos para impor limites são conhecidos, como o castigo
não-violento e a técnica defendida por Diane Levy, psicóloga e autora
neozelandesa com 30 anos de prática em consultório.