quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Clima

Após vários estudos, conclui-se que devido sua estratégica localização e dimensão geográfica, o município apresenta três tipos de clima, na sede, e arredores predomina o clima tropical de altitude, com uma temperatura amena chegando até 12ºC no período do inverno bastante chuvoso. O frio e a garoa são constantes. Devido sua altitude que é de aproximadamente 830 metros. Ao nordeste, noroeste, oeste e sudoeste predomina o clima quente e úmido, com uma temperatura média de 20ºC a 22ºC, com chuvas distribuídas do outono ao inverno, (Parte da área do Parque Nacional do Catimbau).No norte, leste, sudeste e sul. Predomina o clima semi-árido (quente e seco) com chuvas amenas e um maior período de estiagem com temperatura média de 24ºC

 Clima quente e úmido


 Clima semi-árido

A vegetação é geralmente proporcional ao clima, no município devido a seus contrastes climáticos A vegetação é geralmente proporcional ao clima, no município devido a seus contrastes climáticos encontramos desde a vegetação de caatinga: macambira, pereiro, xique-xique, caroá, angico, mandacaru, jurema preta, e mulungu, até espécies da mata atlântica e norte: babaçu, carnaúba, imbaúba, cedro, palmeiras,etc. P.S Caatinga em Tupi-guarani significa: (mata branca.

 Caatinga
 Coqueiros Babaçu
 Jurema
 Mandacaru
Mata Atlântica


HIDROGRAFIA

O município faz parte das bacias do Ipanema e Moxotó. Os principais rios e riachos estão localizados na sua porção sul sudeste, alguns servem como marcos litrofes no município de Buíque, O Riacho do Pinto faz limite com Tupanatinga e do Rio Cordeiro no limite com Águas Belas, O Riacho do Mel que se limita com Sertânia.O Rio Ipanema é o maior e mais expressivo que corta o município, recebendo vários afluentes, passando pelo Povoado Amaro, depois por diversas cidades até desaguar no Rio São Francisco

 
 

Barrgem do Mulungu

Riacho da Serrinha


Lagoa do Puiu

Turismo Sustentável

Turismo Sustentável

Turismo Sustentável – O Que É Turismo Sustentável?
Hoje em dia vivemos em meio às poluições, utilizamos os recursos naturais para atender nossas necessidades e na maioria das vezes nem nos damos conta de que o estamos fazendo. Só nos lembramos que tudo parte da natureza quando paramos para ouvir os noticiários que imploram à população que cuide do meio ambiente e desses recursos para que não se esgotem. Ou quando se ouve falar em sustentabilidade, que é um assunto bem comum hoje em dia.

Uma atividade que utiliza muito recurso natural é o turismo, que faz da natureza pontos turísticos e exige construções de infra- estruturas para receber os visitantes, porém, tem havido uma série de propostas para amenizar esses impactos, de maneira a conciliar preservação da natureza com a expansão do turismo.
E é estudando essas propostas que muitas pessoas confundem ecoturismo com turismo sustentável.
O Turismo Sustentável é uma maneira de manter essa infra- estrutura sem atitudes ofensivas ao meio ambiente, atendendo às necessidades dos turistas e dos locais que os recebem de maneira simultânea, fazendo o necessário para atender a economia, a sociedade e o ambiente sem desprezar a cultura regional, a diversidade biológica e os sistemas ecológicos que coordenam a vida.
Não é fácil estruturar um projeto de turismo sustentável, e muito menos colocá-lo em prática, pois exige atitudes ambientalistas, regras de utilização dos recursos naturais, e um pensamento ecológico, o que se contrapõe ao encontrado hoje na maioria dos lugares.
Já o Ecoturismo, é a exploração de ecossistemas em seu estado natural, sua vida selvagem e sua população nativa, o que de certa maneira preserva esses ecossistemas constantemente visitados, mas não é estruturado para preservar o meio ambiente, mas sim para fins lucrativos.
Em 2003 o Brasil começou a contar com o Plano Nacional do Turismo (PNT), que tem como base a ética e a sustentabilidade, e vem auxiliado o governo a tomar atitudes ecologicamente corretas.
Existem hoje no país outros projetos de turismo sustentável como o da Bacia Hidrográfica de Maquiné, que visa à exploração do rio sem causar danos ao meio ambiente, organizando as atividades turísticas já existentes na região e mobilizando a população com esse fim, o projeto de união do Rio de Janeiro e Minas Gerais na luta pelo turismo sustentável, o Projeto Pega Leve, voltado à convivência responsável com o meio ambiente e respeito a ele, entre tantos outros projetos encontrados pelo país afora.
O Brasil ainda está dando os primeiros passos para o turismo sustentável, havendo ainda aqui uma maior preocupação com o ecoturismo do que com primeiro, mas algumas cidades já o adotaram como, por exemplo, a cidade de Bonito, situada no Mato grosso do Sul, sendo um dos grandes destaques do turismo nacional, adotou uma política sustentável a partir dos anos 90, quando começou a ser mais visitado e sentiu a necessidade de colocar regras no turismo para que não destruísse seus bens naturais.
No exterior também encontramos cidades que já adotaram o turismo sustentável como Oeiras em Portugal, Rimini na Itália, Nuernberg na Alemanha, GentTurismo Sustentável na Bélgica, Cremôna e Réggio Calabria na Itália, Antalya na Turquia, Viareggio na Itália, Namur na Bélgica, Termoli na Itália e Salsomaggiore Terme também na Itália, todas componentes da Rede Europeia de Cidades para o Turismo Sustentável organizado no dia 8 de fevereiro de 2010 numa reunião em Bruxelas, a fim de proteger seus patrimônios naturais de um turismo mal estruturado.
O turismo sustentável e mesmo o ecoturismo são maneiras de proteger a vida mantendo a economia ativa, uma forma de unir responsabilidade ao desenvolvimento, sendo mais um passo para o tão almejado desenvolvimento sustentável.
Sustentabilidade? O que é Sustentabilidade?
Nunca antes se ouviu falar tanto nessa palavra quanto nos dias atuais: Sustentabilidade. Mas, afinal de contas, o que é sustentabilidade?
Segundo a Wikipédia: “sustentabilidade é um conceito sistêmico; relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana”.
Mas você ainda pode pensar: “E que isso tudo pode significar na prática?”
Podemos dizer “na prática”, que esse conceito de sustentabilidade representa promover a exploração de áreas ou o uso de recursos planetários (naturais ou não) de forma a prejudicar o menos possível o equilíbrio entre o meio ambiente e as comunidades humanas e toda a biosfera que dele dependem para existir. Pode parecer um conceito difícil de ser implementado e, em muitos casos, economicamente inviável. No entanto, não é bem assim. Mesmo nas atividades humanas altamente impactantes no meio ambiente como a mineração; a extração vegetal, a agricultura em larga escala; a fabricação de papel e celulose e todas as outras; a aplicação de práticas sustentáveis nesses empreendimentos; revelou-se economicamente viável e em muitos deles trouxe um fôlego financeiro extra.
Assim, as idéias de projetos empresariais que atendam aos parâmetros de sustentabilidade, começaram a multiplicar-se e a espalhar-se por vários lugares antes degradados do planeta. Muitas comunidades que antes viviam sofrendo com doenças de todo tipo; provocadas por indústrias poluidoras instaladas em suas vizinhanças viram sua qualidade de vida ser gradativamente recuperada e melhorada ao longo do desenvolvimento desses projetos sustentáveis. Da mesma forma, áreas que antes eram consideradas meramente extrativistas e que estavam condenadas ao extermínio por práticas predatórias, hoje tem uma grande chance de se recuperarem após a adoção de projetos de exploração com fundamentos sólidos na sustentabilidade e na viabilidade de uma exploração não predatória dos recursos disponíveis. Da mesma forma, cuidando para que o envolvimento das comunidades viventes nessas regiões seja total e que elas ganhem algo com isso; todos ganham e cuidam para que os projetos atinjam o sucesso esperado.
A exploração e a extração de recursos com mais eficiência e com a garantia da possibilidade de recuperação das áreas degradadas é a chave para que a sustentabilidade seja uma prática exitosa e aplicada com muito mais freqüência aos grandes empreendimentos. Preencher as necessidades humanas de recursos naturais e garantir a continuidade da biodiversidade local; além de manter, ou melhorar, a qualidade de vida das comunidades inclusas na área de extração desses recursos é um desafio permanente que deve ser vencido dia a dia. A seriedade e o acompanhamento das autoridades e entidades ambientais, bem como assegurar instrumentos fiscalizatórios e punitivos eficientes, darão ao conceito de sustentabilidade uma forma e um poder agregador de idéias e formador de opiniões ainda muito maior do que já existe nos dias atuais.
De uma forma simples, podemos afirmar que garantir a sustentabilidade de um projeto ou de uma região determinada; é dar garantias de que mesmo explorada essa área continuará a prover recursos e bem estar econômico e social para as comunidades que nela vivem por muitas e muitas gerações. Mantendo a força vital e a capacidade de regenerar-se mesmo diante da ação contínua e da presença atuante da mão humana.

Atitudes Sustentáveis – Passe Adiante

Atitude sustentável é o que se espera das pessoas presentes na sociedade, mas isso só ocorre através da divulgação de atitudes sustentáveis e do esclarecimento sobre tais iniciativas. A indústria é um setor de grande importância para a propagação da educação sustentável. A tendência é que através da educação, haja pessoas preocupadas com os problemas.

Ajudando a Diminuir o Impacto Ambiental

Cada dia que passa, o consumidor descarta algo que não utiliza mais como roupas, sapatos, acessórios. Às vezes trocamos apenas por estarem desatualizados, compramos coisas mais tecnologicamente avançadas e jogamos fora as velhas e obsoletas, muitas vezes sem pensar no impacto no futuro ambiental que essa atitude possa causar. Por conta dessas ações antiecológicas, muitas

Sustentabilidade Ecológica

A sustentabilidade ecológica é o que precisamos para se manter vivos no planeta terra, significa que temos que preservar os recursos naturais para poder utilizá-los no futuro. Hoje nós já consumidos muitos mais do que produzimos, estamos tirando mais da terra do que ela pode, oferecer o que no futuro poderá causar desastres ecológicos, pobreza, [...]

A Importância da Sustentabilidade Econômica

A sustentabilidade econômica é extremamente importante para estabelecer um ambiente seguro para as gerações futuras. A camada de ozônio está diminuindo lentamente, o aquecimento global vem ocasionando tragédias ambientais como altas ondas de calor, enchentes, furacões e outros acontecimentos. O ser humano de hoje em dia está habituado ao uso do petróleo como combustível, mas [...]

Nos tempos atuais, o termo sustentabilidade é tão batido e repetido a exaustão pela mídia que é praticamente impossível encontrar alguém que nunca tenha ouvido falar em meios de vida mais sustentáveis ou formas de levar uma existência em acordo com o bem estar do planeta em que vivemos.

 Como Ser Sustentável?

Contudo, para muitos o conceito de ser sustentável ainda é algo estranho e longe de suas realidades. Afinal de contas, como nossas atitudes de pessoas normais e sem pretensões megalomaníacas poderia afetar o planeta e provocar alguma ameaça a existência de toda a raça humana? Como eu, que sou apenas uma formiguinha nesse enorme mundo, poderia contribuir para refrear a devastação do meio ambiente e a escandalosa onda de poluição e destruição de recursos naturais que nos assola?
Apesar da possível incompreensão e do absurdo que possa parecer, ser sustentável individualmente pode mesmo ajudar a resguardar a vida em nosso planeta e provocar um recuo na sanha poluidora que o homem vive hoje. Mas; como?
Basta ter pequenas atitudes sustentáveis ao longo de sua existência. Assim, o “ser sustentável” transforma-se numa legião de formiguinhas que juntas podem mudar o mundo e a forma como a humanidade afeta negativamente a vida em nosso mundo. Medidas simples como economizar e reciclar papel. Reciclar latas e embalagens; não queimar lixo; economizar água e energia elétrica através de um uso mais racional desses recursos; garantir que as empresas que fornecem bens e serviços para você tenham também a mesma preocupação e recusando-se a consumir produtos de origem ilícita ou que tenham sido obtidos (extraídos ou fabricados) através de meios prejudiciais a natureza.
Agindo desta forma, você acabará por criar “uma onda” que se propagará ao seu redor e provocará novas mudanças em outras pessoas que, por sua vez, gerarão ondas em torno de si em uma pirâmide do bem que se espalhará por toda a sociedade.
É claro que ser sustentável num mundo de altíssimo consumo e onde as pessoas valem pelo que podem consumir e pelo que tem e não pelo que são e pelos exemplos que produzem; esse modo de vida tem lá os seus percalços e seus inconvenientes. Mas, com o passar do tempo e com a evolução da mentalidade geral e da educação ambiental que for fornecida para as pessoas comuns; essa forma de vida será aceita por toda a sociedade como a única forma realmente possível de prolongarmos a nossa existência nessa nossa ínfima e adorável bola de pedra que chamamos de Terra.
Muito em breve; o “ser sustentável” estará colocado para a humanidade de uma forma até mesmo forçosa. Pois, no ritmo em que a degradação ambiental e a exploração dos recursos naturais ocorrem; o ser humano colocará sua própria existência em perigo, caso não mude seus conceitos e nem reveja a forma de encarar sua presença e sua interferência na natureza. As alterações climáticas e os problemas que só vemos aumentar a cada dia; deixarão bem claro que a mudança será uma questão de vida ou de morte.

Ajudando a Diminuir o Impacto Ambiental

Cada dia que passa, o consumidor descarta algo que não utiliza mais como roupas, sapatos, acessórios. Às vezes trocamos apenas por estarem desatualizados, compramos coisas mais tecnologicamente avançadas e jogamos fora as velhas e obsoletas, muitas vezes sem pensar no impacto no futuro ambiental que essa atitude possa causar. Por conta dessas ações antiecológicas, muitas espécies animais e vegetais foram extintas e outras tantas espécies estão em risco de extinção, gerando um grande impacto no futuro próximo.
As ações sustentáveis feitas no passado ainda são válidas, a proibição de pesticidas e inseticidas que envenenavam e poluíam o ar, o solo e as águas, afetando diretamente a cadeia alimentar e trazendo impacto ambiental, as várias formas de captar energia solar, a proibição de queimadas e exploração e desmatamento das florestas sem reflorestamento, mas somente isso ainda não é o bastante. É preciso criar uma cultura de sustentabilidade, onde as pessoas se conscientizem que não é só a floresta que está desaparecendo pouco a pouco. A poluição do ar e das águas cresce numa proporção sem limite. Se cada um fizer a sua parte, as próximas gerações terão água potável, ar puro, florestas e recurso naturais disponíveis. Atitudes conscientes baseadas em ações sustentáveis também vão ajudar a diminuir o impacto no futuro ambiental do planeta. Reciclar é a palavra mestra. A grande maioria dos materiais é reciclável ou reutilizável. E a mudança de hábitos também pode ajudar:
- A água por exemplo não e um recurso renovável, evitar o desperdício de água sem necessidade, não lavando as calçadas, carros, reutilizando a água usada nas máquinas de roupas para esses fins;
- O lixo deve ser jogado no lixo e não nas ruas. Copos descartáveis, papéis, garrafas de plásticos ou de vidro podem também ser recicladas e reaproveitadas, as garrafas podem ser usadas como vasos para plantas, por exemplo;
- Economia de energia também é um hábito que pode ser mudado, além de diminuir os custos, ajuda a diminuir o impacto no futuro, manter desligados os aparelhos e somente ligar quando forem utilizadas, inclusive as luzes dos cômodos.

Turismo

Turismo

SUA EXCELÊNCIA O TURISMO

SUA EXCELÊNCIA O TURISMO - PROJETO DE DESENVOLVIMENTO DO
TURISMO SUSTENTÁVEL DO PARQUE NACIONAL DO CATIMBAU
Ana Virgínia Vieira de Melo- Educação Ambiental – IBAMA/PE
anavirginiamelo@yahoo.com.br
Francisco de Assis Araújo – Chefe do Parque Nacional do Catimbau– IBAMA/PE
franciscoaaraujo@yahoo.com.br
Maria do Socorro Teixeira dos Anjos –SEDUC-PE
escvigario.socorroteixeira@gmail.com


Eixo 2 - Planejamento e Gestão do Ecoturismo em Unidades de Conservação
Palavras -Chave: Unidade de Conservação, Ecoturismo,Gestão

          
INTRODUÇÃO


Sua Excelência o Turismo consiste num conjunto de ações priorizadas pelo IBAMA em parceira com Prefeitura Municipal do Buíque-PE, no programa de desenvolvimento local sustentável, vislumbrando a otimização e adequação dos recursos disponíveis para
atividades do turismo de natureza e rural de maneira sustentável, geradora de emprego e renda para a população local associada à proteção e preservação do meio ambiente, melhoria da sua qualidade de vida e elevação do seu IDH.

O projeto construído a partir de estudos de potencialidades sócio-econômicas,
contempla ações integradas e intrinsecamente interligadas, contribuindo para resultados surpreendentes nos últimos cinco anos, por tratar a realidade de cada microrregião local em sua totalidade, com metas e objetivos bem estabelecidos e implementação de políticas de produção rural, educação, saúde, turismo, cultura e meio ambiente, possibilitando às famílias da comunidade o acesso ao conhecimento e ao desenvolvimento socioeconômico, conseqüentemente, à plenitude da cidadania e desenvolvimento humano sustentável.

O Parque Nacional do Catimbau suas potencialidades

O bioma Caatinga estende-se por cerca de 735.000 km2, sendo o único bioma cujos limites estão inteiramente restritos ao território nacional, entretanto pouca atenção tem sido dada à conservação e manejo da biodiversidade desse ecossistema. A Caatinga já foi descrita como um ecossistema pobre em espécies e endemismos, contudo, estudos recentes têm contrariado esse ponto de vista revelando elevada biodiversidade e inúmeros endemismos.

O Parque Nacional do Catimbau foi criado pelo Decreto Federal de 13 de dezembro de 2002, e está localizado no estado do Pernambuco, nos municípios de Ibimirim, Tupanatinga e Buíque.


Esta unidade de conservação está inserida numa área de extrema importância
biológica pelos grupos temáticos do Workshop “Avaliação e identificação de ações
prioritárias para a conservação, utilização sustentável e repartição de benefícios da
biodiversidade do bioma Caatinga” realizado em Petrolina/PE em 2002.

O Parque Nacional do Catimbau foi criado com o objetivo de preservar o conjunto geológico da Serra do Catimbau, preservar o patrimônio espeleológico e arqueológico preservando um dos últimos remanescentes de Caatinga ainda em excelente estado de conservação, e promover o turismo ecológico.

O Parque Nacional do Catimbau com seus 62.300 hectares detém um conjunto de atrativos e monumentos naturais (painéis com gravuras e inscrições rupestres, Cânion, serra das Torres, morro do Cachorro, serra da Andorinha, Portal da Igrejinha, dentre outros), com suas elevações e depressões em V, e, ainda, um brejo de altitude com suas encostas e vertentes que permanecem num clima ameno durante todo o ano, chegando no período de inverno rigoroso a alcançar a sensação térmica de 7ºC.

Aqui está situado o segundo maior sítio arqueológico indígena do país, no qual foram encontradas vários vestígios e evidências da passagem do homem primitivo a cerca de 6840 anos ap.

Em Unidades de Conservação como o PARNA Catimbau, que ainda não dispõe de regularização fundiária, Plano de Manejo, e Conselho Gestor, segundo a lei do SNUC , todas as atividades desenvolvidas devem garantir a integridade dos recursos que a unidade objetiva proteger, assegurando-se às populações porventura residentes na área as condições e os meios necessários para a satisfação de suas necessidades materiais, sociais e culturais..

Este trabalho deu ênfase à estruturação do turismo ecológico e ao turismo rural com base na agricultura familiar, e visa, portanto, descrever e discutir essa experiência, que teve como efeito propulsor o reconhecimento do potencial econômico ligado a uma área protegida e, provavelmente, será o responsável pela efetivação do Parque Nacional do Catimbau, como garantia ao desenvolvimento municipal através do ecoturismo.

O TURISMO ECOLÓGICO

A prática do ecoturismo no Parque Nacional do Catimbau contempla as diretrizes do
Plano de Ações Estratégicas e Integradas para o Desenvolvimento do Turismo no Sub-Médio São Francisco, com o estimulo ao aproveitamento das potencialidades ambientais, socioculturais, históricas, turísticas, políticas e econômicas sustentáveis no nível local, propiciando a geração de emprego e renda, promovendo a participação das comunidades e a parceria com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF). E a promoção de mecanismos sustentáveis, como o fomento à mudança do modelo de desenvolvimento, efetivando agendas positivas com o setor produtivo e incentivando a implementação de melhoria com instrumentos socioeconômicos e as Agendas 21 locais.

Não obstante a prática do ecoturismo, o cenário de imensa beleza paisagística,
registros históricos culturais, e formação geológica arenítica, encravada sobre a bacia do aqüífero Jatobá que encantam o visitante por sua representação incomum para o agreste e sertão do Estado, com expressivo acervo arqueológico, que em continuidade a depressão sertaneja encerradas na faixa de tensão ecológica entre os brejos de altitude, campos rupestres, cerrado e a caatinga do nordeste brasileiro.

A prática do Ecoturismo pressupõe o uso sustentável dos atrativos turísticos do
Parque Nacional do Catimbau. Utiliza o patrimônio natural e cultural da Unidade com
sustentabilidade para a promoção permanente do turismo local “ecologicamente suportável em longo prazo, economicamente viável, assim como, ético e socialmente eqüitativo para as comunidades locais. Exige integração ao meio ambiente natural, cultural e humano, respeitando a fragilidade que caracteriza muitas destinações turísticas” (Conceito de Turismo Sustentável da Organização Mundial do Turismo - OMT, 1995.)

As ações de implantação do turismo sustentável na área do Parque Nacional do Catimbau, vai além da preocupação de conservação e manejo do meio ambiente e recurso natural, incluindo os aspectos de comercialização, marketing, qualidade, produtividade e competitividade dos bens e serviços turísticos. A fim de promover uma atividade turística socialmente responsável e sustentável, são propostas medidas transformadoras da realidade:

. Educação ambiental: deve atingir a população residente no entorno da Unidade e os turistas;

2. Capacitação profissional: qualificação específica e técnica de mão-de-obra da
comunidade do entorno da Unidade;

3. Estudo de impacto ambiental: conservação da integridade dos recursos naturais de
interesse turístico, realizado por equipe multidisciplinar;

4. Capacidade de carga: máximo de visitantes que o atrativo turístico natural pode
suportar, com o mínimo impacto ambiental;

5. Plano de manejo: ordenamento das áreas de interesse turístico e de gestão de seus
recursos ou atrativos. Deve garantir a proteção dos seus ambientes naturais e
aproveitamento de acordo com os objetivos da conservação dos recursos
disponíveis; Em 2002, em parceria com o Núcleo de Educação Ambiental do Ibama/PE, foi iniciado o Projeto de Educação Ambiental com objetivo de utilizar a educação ambiental como instrumento, a fim de se obter uma gestão do PARNA que possa em diálogo com os diversos atores envolvidos no processo, chegar a uma situação em que a sustentabilidade das condições de vida desses grupos sociais auxilie na preservação, atenuando pressões degradantes sobre o patrimônio natural. A gestão participativa de UCs deve utilizar estratégias que compatibilize o uso público com a conservação, contemplando a participação popular , para tanto é necessário capacitar os diversos atores envolvidos neste processo.

Segundo Leff (1998), a gestão ambiental local parte do saber ambiental das
comunidades, onde se funde a consciência de seu meio, á saber sobre as propriedades e as formas de manejo sustentável de seus recursos, com suas formações simbólicas e o sentido de suas práticas sociais, onde se integram diversos processos no intercâmbio de saberes sobre o ambiente:

a) o saber ambiental de cada comunidade inserido em suas formações ideológicas,
suas práticas culturais , suas técnicas tradicionais;

b) o saber ambiental que é gerado na sistematização e no intercâmbio de experiências
de uso e manejo sustentável dos recursos naturais;

c) à transferência e aplicação de conhecimentos científicos e tecnológicos sobre um
meio ambiente, sua apropriação cultural e sua assimilação às práticas e saberes
tradicionais de uso dos recursos.

O processo de gestão participativa do PARNA Catimbau , iniciou com a realização de Audiências Públicas, nas quais foram identificados os anseios , problemas, e conflitos estabelecidos com a criação do PARNA, como também as potencialidades locais a serem trabalhadas com a população . O principal resultado destas audiências foi a elaboração do Projeto de Capacitação para os diversos atores envolvidos com a gestão participativa do PARNA Catimbau.

No ano de 2003 em parceria firmada entre a Prefeitura Municipal de Buíque, o
IBAMA e o SEBRAE/PE, realizou-se a primeira capacitação para os monitores de
ecoturismo do PARNA Catimbau, que resultou na organização e estruturação das atividades da Associação dos Monitores de Ecoturismo do Catimbau-AGTURC, com a perspectiva de monitorar os impactos do uso público na Unidade, e vislumbrar a possibilidade do desenvolvimento das atividades do turismo de natureza de maneira sustentável, com
geração de emprego e renda para população local, associada à proteção e preservação do
meio ambiente.
O primeiro módulo, direcionado aos monitores de turismo, e, o segundo, a estes
últimos e às pessoas que atuam no serviço de receptivo, hospedagem, alimentação,
eventos, transporte, promoção de vendas e outros segmentos ligados ao desenvolvimento
do turismo.

As capacitações facilitadas por Mestres, doutores, consultores, e professores que
atuam na área do Parque e/ou em turismo nacional e internacional. Estas tiveram como objetivos:

Implementar a atividade ecoturística, através da apropriação da realidade local,
preservação do meio ambiente, iniciativas pessoais e coletivas para a autosustentação;

capacitar as pessoas que atuam e que atuarão no serviço de receptivo, eventos,
transporte, promoção, vendas e outros segmentos ligados ao desenvolvimento do
turismo;

Oferecer subsídios à compreensão do ecossistema, contexto histórico-cultural,
segurança e saúde, para os condutores da AGTURC - Associação de Guias de
turismo do Catimbau;

Estimular a profissionalização dos prestadores de serviço no turismo local;

Auxiliar no fortalecimento da AGTUR (Associação dos monitores de ecoturismo do
parque Nacional do Catimbau) e padronização na prestação dos serviços oferecidos
no município.

METODOLOGIA APLICADA

A proposta pedagógica concebida na perspectiva de adotar uma metodologia
coerente com a problemática delimitada no projeto e seus objetivos, numa visão
construtivista com percepção globalizada da realidade e tratamento interdisciplinar. Os
métodos utilizados foram oficinas simuladoras, estudos “in loco”, com técnicas facilitadoras de condução e dinâmica de grupo.

PLANO DE AÇÃO DO PRIMEIRO MÓDULO

Neste módulo dirigido especificamente aos monitores de turismo associados à
AGTURC, única associação existente no município, foi desenvolvido em etapas teóricas, na sede da associação, e aulas práticas em campo nos espaços do Parque Nacional do Catimbau que se encontram abertos à visitação, objetivando o reconhecimento, identificação
e otimização do conhecimento do local, suas riquezas, peculiaridades, características e singularidades. A Abordagem teórica no 1° módulo contemplou o seguinte conteúdo
programático:

_ Linguagem
_ Biogeografia Local
_ A pré-história no Vale do Catimbau
_ Educação Ambiental
DO SEGUNDO MÓDULO

Esse módulo que além dos monitores de turismo local, destina-se aos profissionais das diversas áreas prestadoras do serviço ocorreu nas seguintes etapas:

1ª - Avaliação da localidade (conhecimento da cidade, avaliação dos pontos turísticos, infraestrutura local, capacidade de fluxo, entre outros pontos importantes; elaboração do relatório de avaliação, determinando os aspectos positivos e negativos observados); elaboração do treinamento de acordo com a avaliação feita.

2ª - Treinamento Geral, visa preparar todos os participantes a desenvolver suas atividades com muito entusiasmo, responsabilidade e qualidade profissional.

3ª - Treinamento teórico

4ª- Treinamento em campo (desenvolvido em dois momentos: no primeiro, os participantes se colocam no lugar dos turistas e os instrutores fazem o papel dos guias. Situações são simuladas e ao final será feita uma análise de comportamento dos guias por parte de todos os participantes; no segundo, um ou mais passeios serão feitos, onde cada participante receberá uma ou mais incumbências durante os mesmos. Serão analisados pelos outros participantes e pelos instrutores. Ao final todos receberão uma avaliação final).

Abordagem teórica no 2° módulo contemplou o seguinte conteúdo programático:
_ Comunicação e Expressão;
_ Relações Interpessoais no Trabalho;
_ Orientação para a Pesquisa de Atrativos Turísticos;
_ Mercado do Turismo Rural;
_ Potencialidade Turística e Patrimônio Histórico-Cultural;
_ Potencialidade Turística Receptiva;
_ Técnicas Profissionais.

5ª - Avaliações

PÚBLICO ALVO

Monitores associados À AGTURC

Prestadores de serviço no turismo, incluindo servidores municipais da área do turismo e representantes do movimento cultural e da gastronomia local O desenvolvimento do turismo ecológico sustentável de Buíque teve como foco além
da capacitação profissional dos monitores de ecoturismo do Parque Nacional do Catimbau e dos diversos atores envolvidos na atividade turísitca, a implementação da infra-estutura turística do município. Em 2006 foi iniciada, a segunda fase, que corresponde a implantação da infraestrutura turística, com a implantação da sinalização turística do município, incluindo as principais trilhas de visitação do Parque Nacional do Catimbau, e os distritos; revitalização da praça principal da cidade; construção do receptivo turístico, e pórtico.

Dentro do contexto de implantação da infra-estrutura, surgiu a necessidade de
reciclar os monitores de ecoturismo do Parque, para que pudessem ter uma visão mais complexa sobre o turismo, e em 2006 iniciamos o Curso de Qualificação dos Monitores de Turismo Sustentável do Parque Nacional do Catimbau, em parceria com o SEBRAE. Para esta capacitação foi utilizada a mesma metodologia da capacitação de 2003 , tendo sido modificada a grade das disciplinas , de acordo com a necessidade de aprendizagem dos monitores, de acordo com o seguinte conteúdo programático:
_ Fundamentos do Turismo e do Ecoturismo;
_ Impactos Sócio-Ambientais;
_ Fundamentos e Prática da Educação Ambiental;
_ Patrimônio Histórico-Cultural como Atrativo Turístico;
_ Biogeografia do Lugar;
_ Tarifação e Comercialização de Produtos Turísticos;
_ Primeiros Socorros;
_ Visitação e Condução de Visitantes em Parques Nacionais;
_ Introdução ao Inglês para o Turismo.

A implementação de projetos baseados no ecoturismo e no turismo rural apresentase
como uma importante alternativa para pequenas comunidades cujas atividades
econômicas tradicionais são baseadas na agricultura familiar .A Declaração de Durban, apresenta o texto denominado El turismo como instrumento de conservacíón
y apoio para las áreas protegidas que recomenda ações orientadoras da atuação do turismo em Unidades de Conservação e seu entorno como instrumento de conservação e preservação dos valores: ecológicos,culturais, recreativos, econômicos, entre outros. A prática turística deve contribuir para melhoria da qualidade de vida das comunidades, incentivando a manutenção dos costumes e valores tradicionais. (V CONGRESSO MUNDIAL DE PARQUES, 2003)

RESULTADOS

A gestão do turismo no município está baseada na integração de projetos voltados
para o turismo, e o desenvolvimento local integrado. O projeto baseado em parcerias e
trabalho cooperativo, iniciado em 2002, gerou um salto qualitativo na esfera técnica e civil, promoveu o exercício da cidadania e resultou num melhor desempenho das atividades econômicas melhor desempenhadas a partir da capacitação e profissionalização das atividades ecoturísticas no Parque Nacional do Catimbau, e em outros locais de importância histórica, cultural e rural do Buíque, que está se estruturando para agregar maior valor à experiência turística a ser ofertada pelo município.

Ao final das capacitações, os monitores de ecoturismo e os demais atores
envolvidos, estavam preparados para conduzir e responsabilizar-se por grupos de
excursionistas ou turistas, em roteiros receptivos rodoviários, envolvendo a recepção de chegada e de saída, orientação aos turistas, prestar todo tipo de informação necessária no local da prestação do serviço, para pleno êxito da atividade. E conhecer as exigências técnicas e legais para o exercício de sua atividade de monitor de turismo ou à qual esteja engajado.

A execução do projeto tem como grande resultado obtido, o desenvolvimento do ecoturismo com base na conservação dos patrimônios natural e histórico-cultural de forma sustentável, contribuindo para a fixação do homem no campo, o fortalecimento da cadeia produtiva e a conseqüente redução do êxodo rural.

CONCLUSÃO

As estratégias adotadas, através de construção de parceria responsáveis, para
Implementação do projeto Sua Excelência o Turismo, busca o desenvolvimento do turismo sobretudo nos segmentos ecológico e cultural, com o fortalecimento da cadeia
produtiva , a inserção social, e a conseqüente redução do êxodo rural. Diante da necessidade de contribuir para a formação de atores que participem do desenvolvimento do turismo sustentável, procura-se incentivar a reflexão e análise de
valores e atitudes com relação ao meio ambiente e ao patrimônio histórico-cultural do
município, despertando o senso crítico, e possibilitando que adotem práticas sustentáveis. É essencial desenvolver um trabalho educativo pautado em atividades e valores construtivos fazendo com que a temática ambiental se torne objeto de reflexão e estudo em todos os espaços da comunidade.

Dessa forma, busca-se construir situações favoráveis a implementação de uma
atividade turística no município com as seguintes características:

ligação com o meio rural;
visão de longo prazo;
práticas de mínimo impacto;
receptivo a novas idéias;
capacidade para coleta, associação e análise de informações:
simpatia pelo trabalho em grupo;
entendimento do processo de planejamento do turismo rural;
confiança e auto-estima;
carisma;
capacidade de ordenar e coordenar pessoas;
facilidade de comunicação;
capacidade de resolver conflitos;
disponibilidade para atender o turista 24 horas por dia;
interesse em manter as atividades produtivas;
amor pelo meio rural.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. ARRUDA, Moacir Bueno. Conservação, ecologia e sustentabilidade na caatinga: estudo da região do Parque nacional da Serra da capivara. Brasília:IBAMA, 1997.

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